Friday, February 27, 2009

Depoisdascinzas

carroquebrôfiladobancotomoutempestadeapresentaçaosarajevofebrecomcervejacaiforaagrinaldacaiafichaexpressoesbaladeirasconceitualdomomentoexpectativasordemreuniaosupermercado.. sem... estresse.

Wednesday, February 25, 2009

Que carnaval?


Carnaval sem samba, sem trio elétrico, sem disputar espaço na areia. Existe! e aqui perto de São Paulo, no meio da Mata Atlântica! acho até que não vou nomear o local para nao atiçar curiosos. ok, perto de Ubatuba. Parecia outro país. Só um desavisado que ligou o rádio acima do volume que fez lembrar que era tempo de carnaval.

Dá pra levar a vida assim, na paralela. Nem trânsito pra voltar... Revigorada depois de ficar nos braços da mãe natureza e Iemanjá...

Monday, February 16, 2009

Deixe que pensem, que digam, que falem...

Hoje, após alguns meses de catastrofismo, o noticiário deu uma folga. Nao que o emprego tenha voltado a níveis importantes, ou nenhum anúncio espetacular. Apenas a constatação de que o país está um pouco blindado, até o momento. À exceção do setor automobilístico, que se escuda no mundo todo de ser um segmento à mercê da ajuda pública, todos os demais estão rebolando para adiar demissões.

Até a mau humorada Folha de S. Paulo trouxe uma entrevista com o presidente do Wal Mart dizendo que está contratando e espera um belo crescimento este ano - tudo bem que um monte de gente das classes A e B podem empobrecer e cortar gastos de sueprmercados aumentando o tamanho do público para o Wal Mart.

Mas toda semana há empresas que estão contratando. ok, ok, o saldo nao é o mesmo de outrora. Mas nós nao somos os EUA, definitivamente.

Já me chamaram de Polyana por nao ter entrado no coro da catástrofe... É que eu odeio comportamento de manada...

Friday, February 13, 2009

Eram crianças que comiam armas


Reproduzo aqui o que o diretor José Padilha, de Tropa de Elite, disse durante a apresentaçãod o filme "Garapa", um documentário que acompanha 3 famílias da seca do Nordeste, no Festival de Berlim.

"A fome é o mais grave problema social da atualidade" ... "A solução do problema da fome exigiria um investimento de US$ 30 bilhões por ano; em 2008 o mundo gastou US$ 1,5 trilhão em armas. Acho que isso diz muito sobre a raça humana".

A plateia aplaudiu quando o diretor disse julgar que "esse problema só será resolvido quando os políticos forem colocados numa situação de não mais se elegerem se não derem uma solução para ele".

Thursday, February 12, 2009

Aquele tempo já chegou



Houve um tempo em que os futurólogos apontavam para o que estava para acontecer no mercado e aquela profecia se auto-realizava, a conta-gotas, num prazo de cinco a dez anos. Todo jornalista de negócio, como eu, sabia que falar em massificação de PCs na década de 90 era algo tão tão distante, que de fato, demorou toda uma década para acontecer.

Hoje, porém, tudo ficou distinto. O mundo que Toffler previu nos anos 90, já falando em segmentação de mercados, é a mais pura realidade e já nao há mais como voltar atrás.

Chris Anderson repaginou essa tese e criou outra figura de linguagem no século 21, a cauda longa, para lembrar que poucas empresas gerariam produtos de massa, e muitas, produtos de nicho.

O mais incrível nisso tudo, no entanto, nao é o acerto da previsão, mas a velocidade com que os ciclos de negócios se renovam. A tecnologia de fato atropelou o mundo e nao há mais o que fazer, pois o mundo se apropriou da rede e a rede se apropriou do pensamento humano.

O que é melhor para o homem, vinga. O que é melhor só para os acionistas da empresa, não vinga.

Já há um mundo novo e quem tem mais de 30, como eu, está testemunhando essa revolução a passos largos. Ainda estamos deslumbrados com o fato de que não precisamos mais comprar CDs ou pegar filmes na locadora, porém, ainda usamos o Emule, enquanto novas versões de softwares para baixar música facilitaram ainda mais essa tarefa.

A nova geração, entretanto, nao vai ter ideia do que era pagar para ter acesso a cultura, leia-se música e video, por exemplo. Aliás, as estatísticas do Ministério da Cultura mostram que o PIB da cultura cresceu significamente no país em função das produções audivisuais - consumidas maiormente depois que a tecnologia entrou na casa de todo mundo.

Todos conseguem comprar um computador. Todos sabem da importância de ter um computador. Aliás, o grande acesso no Brasil ao computador aconteceu em função da classes mais baixas que entraram via lan house.


O Brasil, lembrou ontem Rafael, um professor da ESPM entusiasta da web, tem mais pessoas com acesso a computador do que com acesso ao saneamento básico.

Esse acesso à informação criou os famosos saltos quânticos. Com acesso a conhecimento, algumas camadas ganham mais mobilidade. O rapaz da periferia tem o mesmo acesso a informações que um rapaz da classe alta. Ele é capaz de pesquisar sobre determinados sintomas para entender alguma doença, ou baixar arquivos para estudar antes de alguma prova. Ou adquirir conhecimentos em tecnologia, necessário para melhorar o currículo, diretamente da net.

Impossível nao relacionar o crescimento da classe média também a esse melhor acesso a informação. Hoje tudo está na rede. Voluntariamente.

Hoje, nao se pode mais pensar em criar um produto perene. Ele será o que o mercado quiser. Já estamos numa era em que, de fato, o consumidor manda.

Esse mesmo mercado, fragmentado em nichos, gerará inúmeros pequenos negócios e já prenuncia o fim dessa loucura de tantos conglomerados com faturamento maior que o PIB de alguns países.

Isso gerou as loucuras de Wall Street, com suas Enrons, MCIs, e Lehmann Brothers, além de suicidios e doenças eternas como o estresse, assédio moral, e por aí vai.

Hoje só vai ser boa aquela empresa que de fato entregar o que promete. Como disse numa feliz entrevista a diretora do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC de São Paulo, Rosa Alegria, o novo indicador do futuro é a coerência. Entre o que se fala e o que se faz.

Já é real o fato de que os jovens se informam sobre determinados produtos nos fóruns de discussão na internet. Nao ficam mais à mercê da publicidade passiva.

E o consumidor quer benefícios, de preferência, que beneficiem a ele e ao coletivo, lei-se meio ambiente, cidade, país ou comunidade à qual pertence. Mais uma vez, Anderson acertou com o livro que lança este ano, Free, anunciando a era dos serviços grátis. Por que vc vai pagar por música se vc pode tê-la de graça?

Do alto de seus escritórios envidraçados, muitos executivos nao imaginaram que a net despertaria um sentimento de colaboração tão grande, em que a partilha de informações se tornou natural. Uma luz sobre o lado bom do ser humano, talvez para contrapor anos de sombra que fizeram com que o homem perdesse o interesse pela vida, enquanto vida mesmo, do outro. Mata-se por qualquer mesquinharia.



Mais uma vez, reforço. Esta nova geração já aprende por aqui.

sim, é provável que venham outras doenças, outras paranóias de outra natureza. Mas certamente é outro momento, em que é impossível desconsiderar tantas transformações para todos os lados em tão pouco tempo.

Cadeias de valor

Já são várias as cadeias de valor que desapareceram como num piscar de olhos. Das gravadoras até o consumidor, haviam vários intermediários que se beneficavam dos grandes hits. Pois essa cadeia desapareceu, como desapareceu a de aluguel de telefone, como reduziu a do relógio, como diminui das distribuidoras de filmes.

Algumas ainda parecem que nem sairão do papel - pelo menos do tamanho que era imaginado - como a da TV Digital. A tecnologia IP atropelou esse processo.

O professor da ESPM destaca algo que os especialistas já alertavam. O mesmo padrão de partilha da web está influenciando os modelos de negócios no mundo de fora. Hoje as cadeias de valor se formam conforme a demanda.

Cada um especialista em alguma área. Se houver a necessidade de montar xyz para tal empresa, tal e tal empresa serão acessadas. E assim por diante. As cadeias vão se formar de maneira tranquila, sem ânsia de reserva de mercado, pois nao há espaço para reserva de mercado num mercado altamente fragmentado.

Um dia as empresas estarão fazendo uma coisa para determinado cliente, e dois meses depois, quando o consumidor estiver mais interessado em outra coisa, novamente a empresa ou a cadeia de valor em torno dela se reinventa para satisfazê-lo.

E uma coisa é certa. Nada mais será como antes na relação entre empresas e clientes. Ou as empresas oferecem benefícios que façam falta ao mundo, ou elas somem. Ou elas se comportam como cidadãs, ou a rede a queima em questão de segundos. Não há equipe de resistência de empresas que suporte a verdade. Quem for desonesto, vai rebolar para sobreviver. Qualquer tentativa de enganar o consumidor é crucificada. Ou a empresa muda ou os consumidores a matam pelas fofocas na web.

Tuesday, February 10, 2009

Inovaçao na avenida

A inovação vai desfilar na avenida. É carnaval no Rio, com escola de samba e tudo, tem até bloco dos inventores.

ruim pra India, bom pro Brasil...

...a Enron indiana. A Satyam Computer Services colocou o setor de tecnologia da India no buraco depois que o fundador e presidente , B. Ramalinga Raju, admitiu práticas irregulares, leia-se fraudes contábeis, por vários anos.

Pois não é que o fato favoreceu o mercado de software brasileiro...

Thursday, February 05, 2009

A mala

- Então o que eu preciso é seguir este caminho e tomar esta atitude. E ligar para sr. X e assim resolver esta pendência que me atrapalha.

- Ah, nao vai dar certo.

- Como não? A solução está na minha frente, há tanto tempo eu venho refletindo sobre meus problemas e já percebi que é esse o caminho correto para superar o que emperra a minha vida.

- Mas não vai dar certo. No mínimo, seu caminho estará bloqueado, você nao terá forças para tomar essa atitude, e vai ligar para o doutor X e provavelmente ele nao será sensível a seus problemas.

- Bom, se for assim.. então eu tenho um plano B. Sigo outro caminho, nao tomo atitude e espero o senhor Y ligar.

- Melhor nao fazer isso. Pois nao vai dar certo.

- Cara, como você é chato. Tá quase me convencendo a não fazer.

- Porque é o melhor. Não faça isso. Aliás, nao faça nada. NEm hoje, nem nunca.

- Mas vou continuar reclamando dos meus problemas e nao vou resolvê-los!

- Ué, mas todo mundo vive assim, por que você quer diferente? Todo mundo anda na contramão e ninguém diz nada. Dá ré pra deixar o infeliz passar. Todo mundo fica quieto quando tem fila no banco. Ou quando tratam os pobres como seres menores. Por que você quer ser diferente? Nao percebe que é arrogante também? E que nao vai ganhar nada? Por que nunca ninguém ganhou nada com esse discursinho de esquerda?

- Esquerda? Mas é humanista! Eu dou sim esmola na rua! Eu tenho pena dos pobres! Eu nao fico pensando se ele é preguiçoso ou nao! se sinto vontade dou esmola!

- Porque é burra. Porque está viciando essas pessoas ao ócio.

- Mas nao é melhor contribuir com o ócio de um pobre diabo, do que gastar meu rico dinheiro acreditando em discurso de trabalho de diabo rico?

- Mas você nao vai mudar o mundo. Aliás, você é chata. E estressada.

- Mas eu nao estou estressando, só estou me posicionando.

- Mas você viaja na maionese.

- E daí? por que tenho de deixar de me indignar?

- porque isso nao enche barriga. porque isso nao muda nada. porque a maioria das pessoas não tá nem aí pro que você diz.

- mas você é chato mesmo. Você estimula a paralisia.

- Mas você admira o ócio do mendigo e quer ficar fazendo marola pra se meter em problemas que nem são seus? ou você acredita nesse papinho besta de que estamos todos conectados? isso é balela de hippie velho!

- mas talvez eu seja hippie!

- Hippie mala.

.... em homenagem a todos os malas sabotadores internos que nos infernizam diariamente quando queremos tomar uma iniciativa, mudar alguma coisa ou simplesmente tornarmos quem nós somos.

Wednesday, February 04, 2009

...na contramão

um dia insólito, que pode ser resumido por um dos episódios. Entrando numa rua de mão única, uma mulher na contramão me pede para dar ré para que ela possa passar.

Como assim? Eu estou na minha mão, e a pessoa em questão, quer que eu gire o mundo ao contrário para que ela passe? Realmente, ser autêntico dá trabalho. Talvez ela quisesse ser autêntica na sua estripulia. Mas eu nao deixei. e avisei que ela teria de dar marcha a ré para que eu passasse! ou vamos continuar deixando o inconveniente se manter apenas para evitar conflitos?

Já fiz minhas escolhas....

Tuesday, February 03, 2009

Keep it simple and stupid

uma maneira mais "meiga" que encontraram para estimular a simplicidade. Depois de slow food, slow movement, já desponta o movimento Kiss - keep it simple and stupid, ou seja, sem complicação.

Nunca todos os ovos na mesma cesta...


...meu amigo disse hoje: nao vou colocar todos os ovos na mesma cesta. Ele tomava a licença nada poética de aplicar a lei mais recomendada em finanças pessoais para o mundo dos relacionamentos. Essa regrinha básica para todo investidor supõe que você dilui o risco caso aplique seu rico dinheiro em mais de um investimento - um mais arriscado, outro mais conservador, e assim por diante. Se um der errado, o outro compensa.

Podemos então diluir os riscos de nos frustrar afetivamente investindo em várias cestas? Ou o coração pede mais cuidado para focar tudo de uma só vez?

Monday, February 02, 2009

coraçao nao tem tempo...

Da mesma forma que momentos ruins não se esquecem se nao forem curados, momentos bons também perdem a noção de tempo e espaço. Depois de vinte e tantos anos, uma pessoa reencontra alguém do seu passado e - parece que foi ontem. Mudam os seus destinos, e nao deixam o medo assumir maiores proporçoes como fora outrora. Embora as dificuldades sejam tão grandes ou maiores do que naquele tempo. Mas, já se sabe o que se perdeu por receio de enfrentar as dificuldades. Agora, a segunda chance está lançada.

O tempo do coração realmente é outro, não é esta cronologia que nós seguimos.

Sunday, February 01, 2009

sempre o irresistível Jogando...



...já levei muita gente pra assistir ao show do Jogando no Quintal. Eu mesma fui levada por um amigo, que foi levado por outro amigo, e assim por diante. De boca a boca, o Jogando é uma delícia quantas vezes a gente for assistir porque nunca vai ser igual. É obrigatório pra qualquer idade, pra qualquer profissão, é arejado e original. É tão empolgante o espetáculo que várias pessoas acabam seguindo um dos seminários disponíveis pra virar... palhaço! Obrigatório. Está em cartaz no Tuca até abril.