O mau humor paulistano

Cenas da cidade. A briga ridícula de dois homens daquele tamanho, se batendo por causa de rixa no trânsito. Depois mulher que é cheia de não me toques e infantilidades...


Mais do que uma questão de gênero, essa briga mostra como o paulistano se tornou mal-humorado e impaciente. Sim, tudo contribui. Mas se eu for pensar assim, melhor não morar em São Paulo. Aliás, acho que quem fala mal de São Paulo deveria ir embora para não aumentar o time dos enxaquecas. Tem trânsito? Busca horário alternativo. Tem gente chata na balada? Muda o programa. Tem sujeira na calçada? Colabora e limpa. As pessoas estressadas te estressam? Procure as pessoas legais da cidade. Tem um monte, tem mil, tem milhões. Ninguém repara em elementos prosaicos da cidade e nem no que ela já avançou.

Lógico que falta tudo. Mas felizmente, as últimas gestões têm promovido melhorias a olhos nus. Quem diria que a lei anti poluição visual faria tão bem à cidade...

Joana, cara a cara com seu treinador

Over esse episódio, over o desdobramento. A nadadora Joana Maranhão frente a frente com seu treinador, algoz do passado. A foto da acareação é tão reveladora. Ele, impávido. Joana, aos prantos. A mãe, com o nariz empinado. Entendo a mãe, entendo Joana, nem levo em consideração esse técnico. Foi ele quem provocou a ação judicial. E Joana, se defende. Horrível. Não pôde se defender quando criança, e agora é forçada a encarar esse sujeito, novamente se "defendendo" em público.

É tão complexo e tão delicado lidar com questões de abusos sexuais. Os homens ainda justificam, a psicologia não compreende, a mídia super expõe, as mulheres não sabemos reagir, nem tardiamente. Quando Joana revelou o fato numa entrevista, já haviam ene psicólogos de plantão dando entrevistas sobre o fato e falando com uma autoridade ridícula. Ninguém conhece a fundo esse assunto, ninguém entende a profundidade de um simpples ato como esse. É abuso. E maior ainda quando é alguém de confiança. Uma criança é indefesa ainda.

Li teses de psicologia que diziam que a vítima geralmente era a culpada. E ouvi de uma psicóloga que eu era culpada pelo meu caso. Eu tinha 5 ou 6. Joana, 9.

Como assim, pedro Bó?

mais na web menos no papel

Observaçao do meu amigo Renato Cruz. Há mais leitores na net hoje no Brasil do que leitores de jornais. Segundo a Associaçao Nacional de Jornais, ao fim de 2006 a circulaçao de jornais chegou a 7,2 milhões de exemplares. Supondo que quatro, ou cinco, para ser mais generoso, leiam o mesmo jornal, chegamos a ricos 35 milhões de leitores no país, o que náo é verdade.

Mas somos 40 milhões de internautas...

ok, os 500 mais importantes do Brasil, que tomam decisões diariamente e influenciam milhões, ainda lêem jornais.

Beleza. De qq modo, vale lembrar que um estudo americano identificou o que já se supunha, levando em conta a história da internet. o leitor da web lê mais que o leitor de jornal. O leitor da web escolhe o que quer ler e lê até o final. O leitor do jornal não.. a web definitivamente aumentou o interesse das pessoas por ler e pesquisar.