Se nao falar, nao existe
Não ouço falar sobre o assunto, logo ele não existe. Trata-se de uma realidade tanto para pequenas, como para grandes questões. Houve um tempo em que a imprensa pegou no pé das empresas que contratavam crianças para trabalhar. Reportagens no Fantástico, no Jornal Nacional, e em programas de grande audiência. O ar de vergonha que se dava ao tema deixava uma mancha entre os empregadores abusivos. Porém, há números que comprovam que quando a imprensa deixou de dar essa ênfase, o trabalho infantil voltou a crescer.
Em 1995, 18,7% da população entre 10 e 14 anos trabalhava. Esse número despencou para 6,6% em 2000, mas voltou a crescer e chegou a 10,1%, em 2004. São dados do Relatório Nacional sobre Direitos Humanos no Brasil, organizado pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e pela Comissão Teotônio Vilela.
O tema novamente ganha força com a temática da sustentabilidade. Mas não se trata apenas do trabalho infantil. Mas da falta de escolaridade, da falta de esgoto, da falta de ética nas relações.
Dez anos atrás li que o dinheiro destinado à educação no Brasil equivalia, proporcionalmente, ao montante dedicado ao assunto em países como Canadá. Porém, aqui o dinheiro não chega a quem precisa. Se perde na falta de controle, no ralo da corrupção, da anestesia brasileira.
E assim vamos, deixando de falar ou de nos indignar pelo que é chocante, e assim esses assuntos não existem. Não para nós que temos acesso a internet, que fazemos MBAs, que rodamos o mundo. Não falamos, não existe. Somente nos lembramos e ficamos putos quando vamos à Europa e os europeus nos questionam. Como deixamos isso acontecer? Aí dói. Adoro pessoas que dizem nao suportar o Brasil e o comparam aos países desenvolvidos. Não lembram que o estágio evoluído lá de fora se deve à indignação dos espanhóis, dos franceses, dos japoneses, etc, etc, que saem à rua e tomam as rédeas da situação quando podem.
Uma empresa de telefonia, contava um amigo que mora na França, aumentou o valor da tarifa telefônica. Pois a população toda entrou em acordo de que entre tal e tal hora não usariam o telefone. Foram duas horas de silêncio voluntário, em protesto a tal aumento. A empresa, claro, voltou atrás.
A vida pode ser um pouco melhor, estou certa. Está tudo aí, é só pegar.
Em 1995, 18,7% da população entre 10 e 14 anos trabalhava. Esse número despencou para 6,6% em 2000, mas voltou a crescer e chegou a 10,1%, em 2004. São dados do Relatório Nacional sobre Direitos Humanos no Brasil, organizado pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e pela Comissão Teotônio Vilela.
O tema novamente ganha força com a temática da sustentabilidade. Mas não se trata apenas do trabalho infantil. Mas da falta de escolaridade, da falta de esgoto, da falta de ética nas relações.
Dez anos atrás li que o dinheiro destinado à educação no Brasil equivalia, proporcionalmente, ao montante dedicado ao assunto em países como Canadá. Porém, aqui o dinheiro não chega a quem precisa. Se perde na falta de controle, no ralo da corrupção, da anestesia brasileira.
E assim vamos, deixando de falar ou de nos indignar pelo que é chocante, e assim esses assuntos não existem. Não para nós que temos acesso a internet, que fazemos MBAs, que rodamos o mundo. Não falamos, não existe. Somente nos lembramos e ficamos putos quando vamos à Europa e os europeus nos questionam. Como deixamos isso acontecer? Aí dói. Adoro pessoas que dizem nao suportar o Brasil e o comparam aos países desenvolvidos. Não lembram que o estágio evoluído lá de fora se deve à indignação dos espanhóis, dos franceses, dos japoneses, etc, etc, que saem à rua e tomam as rédeas da situação quando podem.
Uma empresa de telefonia, contava um amigo que mora na França, aumentou o valor da tarifa telefônica. Pois a população toda entrou em acordo de que entre tal e tal hora não usariam o telefone. Foram duas horas de silêncio voluntário, em protesto a tal aumento. A empresa, claro, voltou atrás.
A vida pode ser um pouco melhor, estou certa. Está tudo aí, é só pegar.