Wednesday, April 15, 2009

microblogando...

...confesso que passei minha gana de postar no blogue para o twitter... carlajimenez9!

140 caracteres para sintetizar ideias.... depois da folha em branco na web, voltamos a "ufkern"... sim, isso é piada de quem trabalhou no Estadao na década de 90.

Enfim, há de tudo. pessoas que desabafam, dizem o que comeram, estado de ânimo.. mas o que gosto mesmo é que encontrei mtos "followings" com dicas preciosas de Economia e Tecnologia...


vale!

Tuesday, April 07, 2009

Era uma vez uma bolha...

...era uma vez um país pequeno na Europa que viu nas tulipas um grande valor. Era o século XVII, e a economia era uma matéria para poucos. Naquele tempo, era tanto valor que às tulipas atribuíam, que o seu preço subiu no mercado. Subiu, subiu tanto, que ficou mais caro que os imóveis. E havia pessoas que trocavam casas por bulbos de tulipas. Era uma conta irreal, e todo mundo começou a dizer que ali havia uma bolha. E um dia ela estourou e o país quase quebrou....


... era uma vez um país grande na América do Norte que viu nas ferrovias o futuro. Era então o ano de 1880 e a economia era matéria para poucos. Naquele tempo, era tanto valor que se atribuíam às ferrovias - seu potencial era muito mais evidente que o das tulipas -, que o seu preço subiu no mercado. Subiu, subiu tanto, que ficou mais caro que qualquer outro ativo. E havia pessoas que trocavam todas as suas economias por ações de ferrovias. Era uma conta irreal, e todo mundo começou a desconfiar que ali havia uma bolha. E um dia ela estourou e o país quase quebrou...

...era uma vez um país grande na América do Norte que viu no mercado de ações um modo iinteressante de expandir a economia. Era então o início do século 20 e a economia era matéria para mais que poucos - começava a classe média a ganhar prestígio e visibilidade. naquele tempo, era tanto o valor que se atribuía ao mercado de capitais que seu preço subiu no mercado. Subiu, subiu tanto, que ficou mais caro que qualquer ativo... E havia pessoas que trocavam seus dinheiros no banco por ações. Era uma conta irreal... e todo mundo começou a desconfiar que havia uma bolha... E um dia ela estourou e o mundo quase quebrou...

...era uma vez, num mundo globalizado, que viu na expansão de novas tecnologias uma oportunidade. Era o início do século 21 e a economia não era matéria para tão poucos, mas ninguém tinha paciência para entender o que os economistas diziam. Internet, era o novo fenômeno. Naquele tempo, era tanto valor que se atribuía à rede que havia portais sem consistência que valiam mais até que grandes conglomerados de tijolos. Era uma conta irreal... e todo mundo avisou que era uma bolha... até que ela estourou e a economia levou um tombo....

...para encurtar a história. Agora... a bolha da vez... veio pelo mercado imobiliário. Todos compravam com crédito emprestado de um banco, que comprara esse mesmo crédito de outro banco... E era um valor irreal daquele dinheiro... mais valor que alguns avisavam... é uma bolha... e ela estourou...

Sunday, April 05, 2009

Já tem demissões depois da fusão Itaú Unibanco

...vida real... as demissões estão acontecendo no Itaú... começaram com os executivos que estão perto de se aposentar. No pain no gain, diriam os responsáveis pela fusão.

"Você é petista, não?"

Ouvi essa pergunta esta semana, e como sempre, fiquei ressabiada com ela. Não, eu não sou petista. Mas sim, eu votei no PT. Sim, gosto de algumas coisas que este governo está fazendo e o outro não fez, embora seja, como todos - ao menos, acredito - indignada com a corrupção.

Fico ressabiada e na verdade incomodada porque não ter ódio do Lula em São Paulo é algo mal-visto. Em Curitiba, quando conversava com a dona da banca sobre a revista Veja - que para mim, é falha e não retrata a realidade inteira, apenas a que o Sudeste quer ver - , ela confirmava uma impressão minha. Ela disse que de dez semanais, oito são revista Época e Carta Capital (revista assumidamente de esquerda) e duas são Veja.

E Curitiba não é filha da Bolsa Família, como o Nordeste...

Gosto de algumas coisas que este governo vem fazendo, ainda que sob uma saraivada de críticas. Ah, Bolsa Família e Bolsa Escola. Reclamem o que queiram, isso foi a única coisa que reduziu o impacto da desigualdade neste país. E, como sempre fiz como jornalista na minha vida, fui tirar dúvidas a respeito do que se fala com o governo junto a especialistas da oposição.

É assim que se tem uma opinião mais honesta, menos enviesada. Você lê o Estado de S. Paulo para ler o que efetivamente o PT faz. E você lê a Carta Capital para saber o que efetivamente o PSDB faz.

Gosto deste governo mas não sou cega. Aliás, iniciei minha vida "política" como cidadã apoiando Covas para a presidência nos meus tempos de faculdade. Isso mesmo, eu era tucana e achava que o Brasil não estava pronta para alguém tão agressivo como o Lula daqueles anos.

Gosto de muitas pessoas do PSDB, e acho de fundamental importância o que eles fizeram pelo Brasil. Mas o pragmatismo tucano sempre me incomodou, o "nunca vai dar certo", quando se tratavam de projetos sociais, e a importação de modelos estrangeiros, sem anestesia ou filtro, para problemas essencialmente tropicais.

De fato, fui uma das latinoamericanas (sou nascida no Chile e criada no Brasil, e naturalizada brasileira) que se entusiasmou com o "He is the man!" do Obama para com o Lula.


Eu não vou ficar fazendo apologia para políticos que defendem a minha classe (média). Quem estiver no poder vai governar bem pra mim, o máximo que acontece é aumentar um imposto aqui ou acolá.

Há uma classe média consciente no Brasil, que vota mais à esquerda porque os partidos mais voltados à esquerda estão mais próximos das causas sociais. Isso não é um fenômeno brasileiro, é mundial, é da origem dos partidos de esquerda.

Num artigo sobre o assunto, "Esquerda versus Direita", de 2006, Paulo Roberto de Almeida, doutor em Ciências Sociais, sintetiza um dos aspectos que diferenciam esses dois extremos: "... a esquerda reivindica a si mesma uma identificação com a resolução de determinados problemas sociais via forte atuação do Estado e políticas indutoras de transformação, ao contrário dos “liberais”, ou direitistas, que confiariam mais nas forças de mercado para que essa correção se faça."

É verdade, os liberais querem que o mercado regule. E a esquerda, quer o poder com o Estado. Basta ver o que aconteceu com o Mínistério das Comunicações e ver que esse conceito pode ser muito mal empregado pela esquerda - o ministro e o Ministério tiraram poder da Anatel (criada na gestão FHC), o que é um retrocesso no papel do cidadão , algo aliás que vai contra a própria cultura da esquerda.

Mas ao mesmo tempo, os nossos liberais cantaram na mesma cartilha dos liberais do mundo afora, que hoje estão às voltas com a crise criada pelo "mercado regulador".

Ou seja, há imperfeições nos dois modelos.

Mas ao contrário de tempos atrás quando havia uma divisão maniqueísta de eleitores, confesso que acho demodê julgar pessoas pelo que elas votam. Eu não me nego a votar no PSDB de novo ou mesmo no PMDB se houver um bom plano. Eu quero eleger quem agora vai manter o que de bom fez o PSDB - estabilidade econômica e marcos regulatórios importantes -, o PT (melhora da desigualdade social) mas avance para reformas profundas para ceifar a corrupção endêmica e invista numa revolução na educação.

De verdade, né?



Thursday, April 02, 2009

Kassab (in)sustentável

Sustentabilidade é um conceito que tomou o mundo dos negócios. Todas as empresas querem se mostrar sustentáveis. Fazedoras de produtos e executoras de processos sustentáveis, que se retroalimentam, e nao agridem o meio ambiente.

Pois de que vale o marketing da iniciativa privada, se o poder público deixa passar leis que afetarão sim o meio ambiente e a vida da comunidade?

Na semana passada a Câmara Municipal de São Paulo começou a discussão para rever o Plano Diretor da cidade, que define, entre tantas questões, as diretrizes para a arquitetura da metrópole. Em pauta, propostas de mudanças que... beneficiam construtoras e prejudicam a cidade. O projeto saiu, vejam só, do próprio Executivo.

A ala kassabista apoiou as mudanças - foi das mais beneficiadas em termos de doações em época de campanha, segundo
reportagens do jornal Valor
.

O pomo da discórdia: ampliação dos limites de construção nas áreas mais valorizadas da cidade.

A capital paulista já tem o caos da trânsito, da poluição, das grandes enchentes.

O que mais nos falta?

Em tempo: o fenômeno da indiferença nao se restringe a São Paulo. Carta de José Pedro Naisser ao jornal Oesp conta que em Santa Catarina, deputados aprovaram a lei que reduz de 30 metros para 5 metrs a origatoriedade de manutenção das matas ciliares. Ou seja, nao respeitam as matas nativas que protegem as nascentes de córregos e riso, informa o leitor. "Nao aprenderam com a tragédia de 2008", conclui.

Pimenta nos olhos dos outros não arde nem em SP nem em SC.