Crise é o nosso negócio
Vi um documentário esta semana bem interessante. Para quem gosta de política, é uma boa dica e ainda um registro interessante de um momento crucial na América Latina: a temperatura popular da Bolívia, que abriu caminho para Evo Morales. Trata-se do Crise é o Nosso Negócio, filmado pela cineasta americana Rachel Bonyton, lançado em 2005, quando Morales ainda era uma pedra no sapato do status quo boliviano. Hoje, suas cores ficam ainda mais vivas, pois ao final daquele ano ele seria eleito definitivamente presidente da Bolívia, e de lá para cá, geraria focos de discussão mundial - e no Brasil - ao suspender contratos de vendas do gás, por exemplo, e alterar completamente a pauta de negócios do seu país.
O documentário não é sobre ele, é na verdade sobre a empresa de marketing político que ajuda o opositor de Morales - o ex presidente Gonzalo Sanches de Lozada - a vencer as eleições em 2002. Nessa eleição, Morales perdeu por um ponto.
É um registro histórico mesmo, tanto das crenças que povoam o mercado atual - as fórmulas para vender um produto, no caso um candidatoe um programa de governo - como os limites de um povo.
e ainda, a cegueira da imprensa, que compra as versões oficiais e despreza barulhos ensurdecedores das populações em locais em que a câmera não está ligada.
Ficou na minha cabeça que é possível até esconder a verdade por meio de mensagens bonitas de marketing por muito tempo, até alterar alguns rumos naturais. Mas, numa comparação grotesca, pode-se até comprar o juiz de futebol, mas time ruim não ganha jogo.
Nâo que o antigo candidato fosse de todo ruim. Mas ele, como os mais conservadores brasileiros e argentinos, repetiam exaustivamente fórmulas econômicas boas para os balanços financeiros, mas não para a realidade diária de tanta gente. Assombra a miopia exposta, por ser uma fita de duas horas. Mas nós assistimos a tudo isso tanto na Bolívia como no Brasil, Argentina e Venezula, todo dia a conta gotas.
O documentário não é sobre ele, é na verdade sobre a empresa de marketing político que ajuda o opositor de Morales - o ex presidente Gonzalo Sanches de Lozada - a vencer as eleições em 2002. Nessa eleição, Morales perdeu por um ponto.
É um registro histórico mesmo, tanto das crenças que povoam o mercado atual - as fórmulas para vender um produto, no caso um candidatoe um programa de governo - como os limites de um povo.
e ainda, a cegueira da imprensa, que compra as versões oficiais e despreza barulhos ensurdecedores das populações em locais em que a câmera não está ligada.
Ficou na minha cabeça que é possível até esconder a verdade por meio de mensagens bonitas de marketing por muito tempo, até alterar alguns rumos naturais. Mas, numa comparação grotesca, pode-se até comprar o juiz de futebol, mas time ruim não ganha jogo.
Nâo que o antigo candidato fosse de todo ruim. Mas ele, como os mais conservadores brasileiros e argentinos, repetiam exaustivamente fórmulas econômicas boas para os balanços financeiros, mas não para a realidade diária de tanta gente. Assombra a miopia exposta, por ser uma fita de duas horas. Mas nós assistimos a tudo isso tanto na Bolívia como no Brasil, Argentina e Venezula, todo dia a conta gotas.
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