Flipe-se!
Há 15 anos um cidadão de Parati já sonhava em fazer um evento como a Feira Literária de Parati. Vira algo do gênero numa cidade da Inglaterra. Quinze anos conversando sobre o assunto até que houve um aceno de uma editora brasileira radicada em Londres que aceitou apoiar a idéia. O cidadão, José Cláudio de Araújo, ex-prefeito de Paraty, correu atrás de todo mundo pedindo tudo para fazer o evento acontecer. De ilustres, celebridades, banqueiros. "Não vai dar certo", foi o que mais ouviu.
Eu já cansei de ouvir essas histórias no Brasil. A turma do "não vai dar certo". Nem te deixam terminar de falar. Um saco. Voltando de Parati, depois de minha primeira Flip, e a quinta edição da cidade histórica, agradeço ao distinto cidadão por ter insistido, apesar de muitos nãos que ouviu, e dos sapos que agüentou. Pelo distinto público que freqüenta o encontro já devem existir os críticos de plantão. Consigo ouvi-los daqui dizendo "a Flip está muito comercial, perdeu seu caráter original".
Digo a todos eles. Uma ova. Estou longe de ser uma mestra intelectual, mas me alimento de intenções reais, verdadeiras. E por lá passaram autores fantásticos, como o argentino Alan Pauls, o israelense Amos Óz, o mexicano Guillermo Urriaga, os africanos Nadine Gordimer e Ismael Beah, e o descendente de irlandeses Dennis Lehane.
Não, eu não li todos eles, muito pelo contrário. Esses aí citados os conheci nas palestras. E foi sensacional ouvir a visão de mundo de cada um, seu envolvimento com a escrita, com as idéias, suas preocupações com o mundo, sua visão particular.
Beber dessas fontes é, sem dúvida, um presente. Fiz um estrago na minha conta bancária e trouxe seus livros a tiracolo - depois de ouvir trechos de suas obras nas apresentações, e já estou com boa parte de dois dos livros (O Passado, de Alan Pauls, e Muito Longe de Casa, de Ishmael Baeh) lida... Parati nessa ocasião te direciona a se voltar para a leitura. E senti-los, partilhar de uma identificação com suas tiradas - 'mulheres que amam demais são terroristas emocionais", foi uma das melhores, de Alan Pauls, ou as reflexões irônicas de Paulo Lins "não a literatura não me salvou, quem me salvou foi minha mãe e minha família"- é gratificante, e um estímulo a se alimentar da cultura, da escrita, da leitura. Afinal de contas, vivo de escrever e expressar melhor minhas idéias.
É bem verdade que muita gente vai à Flip com espírito crítico. Acho os intelectuais de um modo geral muito chatos - - "é o povo mais chato que freqüenta Parati" - ouvi um local dizer. Sim, Parati tem outros festivais, e outros públicos.
Eles ouvem com a cabeça. Prova disso são os comentários que se ouviam após as palestras. "Que absurdo o que ele disse, não tem nada a ver, como pode dizer uma coisa dessas". Oh, God. Um ser humano que escreve sua obra e sua visão de mundo no mínimo tem de ser respeitado pela sua bora e sua visão de mundo. Eu também tenho a minha, poxa.
Eu ouvi com o coração... Faltei a algumas palestras matutinas para curtir a temperatura maravilhosa da cidade, na praia de Trindade, para não ficar na neura. Foi a melhor coisa que fiz.
Assim, curti o que havia para curtir, fui ouvir. Depois das palestras, o visual especial daquela cidade - houve até um mini apagão, que me deixou feliz, pois foi a deixa para perceber o estrelado céu da região. E, bem, trombar com toda sorte de autores nas esquinas.
ah, intelectual não tieta. É blasè. Acima do bem e do mal. Só rindo...
Eu já cansei de ouvir essas histórias no Brasil. A turma do "não vai dar certo". Nem te deixam terminar de falar. Um saco. Voltando de Parati, depois de minha primeira Flip, e a quinta edição da cidade histórica, agradeço ao distinto cidadão por ter insistido, apesar de muitos nãos que ouviu, e dos sapos que agüentou. Pelo distinto público que freqüenta o encontro já devem existir os críticos de plantão. Consigo ouvi-los daqui dizendo "a Flip está muito comercial, perdeu seu caráter original".
Digo a todos eles. Uma ova. Estou longe de ser uma mestra intelectual, mas me alimento de intenções reais, verdadeiras. E por lá passaram autores fantásticos, como o argentino Alan Pauls, o israelense Amos Óz, o mexicano Guillermo Urriaga, os africanos Nadine Gordimer e Ismael Beah, e o descendente de irlandeses Dennis Lehane.
Não, eu não li todos eles, muito pelo contrário. Esses aí citados os conheci nas palestras. E foi sensacional ouvir a visão de mundo de cada um, seu envolvimento com a escrita, com as idéias, suas preocupações com o mundo, sua visão particular.
Beber dessas fontes é, sem dúvida, um presente. Fiz um estrago na minha conta bancária e trouxe seus livros a tiracolo - depois de ouvir trechos de suas obras nas apresentações, e já estou com boa parte de dois dos livros (O Passado, de Alan Pauls, e Muito Longe de Casa, de Ishmael Baeh) lida... Parati nessa ocasião te direciona a se voltar para a leitura. E senti-los, partilhar de uma identificação com suas tiradas - 'mulheres que amam demais são terroristas emocionais", foi uma das melhores, de Alan Pauls, ou as reflexões irônicas de Paulo Lins "não a literatura não me salvou, quem me salvou foi minha mãe e minha família"- é gratificante, e um estímulo a se alimentar da cultura, da escrita, da leitura. Afinal de contas, vivo de escrever e expressar melhor minhas idéias.
É bem verdade que muita gente vai à Flip com espírito crítico. Acho os intelectuais de um modo geral muito chatos - - "é o povo mais chato que freqüenta Parati" - ouvi um local dizer. Sim, Parati tem outros festivais, e outros públicos.
Eles ouvem com a cabeça. Prova disso são os comentários que se ouviam após as palestras. "Que absurdo o que ele disse, não tem nada a ver, como pode dizer uma coisa dessas". Oh, God. Um ser humano que escreve sua obra e sua visão de mundo no mínimo tem de ser respeitado pela sua bora e sua visão de mundo. Eu também tenho a minha, poxa.
Eu ouvi com o coração... Faltei a algumas palestras matutinas para curtir a temperatura maravilhosa da cidade, na praia de Trindade, para não ficar na neura. Foi a melhor coisa que fiz.
Assim, curti o que havia para curtir, fui ouvir. Depois das palestras, o visual especial daquela cidade - houve até um mini apagão, que me deixou feliz, pois foi a deixa para perceber o estrelado céu da região. E, bem, trombar com toda sorte de autores nas esquinas.
ah, intelectual não tieta. É blasè. Acima do bem e do mal. Só rindo...
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